quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011



Explorando o Horizonte do Entendimento
Eu gosto de me alimentar do que leio, por isso sou seletivo e não leio qualquer coisa. Claro que isso também não significa que eu censure minha leitura lendo somente aquilo que corrobora com o que penso. Longe disso. Quando se lê, deve-se ter objetivos; e o mais sublime e fundamental de todos é o “Saber”. É através do conhecimento que temos das coisas, circunstâncias, pessoas e do sistema que nos cercam que desenvolvemos nossa inteligência através de uma opinião formada e um senso crítico apurado. Não há outro caminho. Mas para isso, independente de termos uma base conceitual formada, temos que estar abertos à necessidade de conhecer as opiniões adversas. Eu, particularmente, quando trato de algum assunto para o qual tenho uma opinião formada, gosto mais de me inteirar das opiniões contrárias do que das favoráveis. É justamente conhecendo a opinião contrária que nos damos a oportunidade de conhecer novas perspectivas e mudar, evoluir nosso pensamento ou mesmo reafirmar com mais fundamento a nossa oposição. Lembrando, claro, que oposição não significa guerra de idéias onde o argumento alheio deva ser destruído. Eu acredito no valor agregado das idéias e que, no campo das opiniões, ninguém detém a verdade absoluta.

Alguns pensam que quanto mais firme e imutável uma pessoa é acerca de determinado conceito, mais ela conhece e domina este conceito. Um erro crasso. Isso não é conhecimento; isso é teimosia e ignorância. A pessoa que mais conhece e domina determinado conceito, menos vê necessidade de auto-afirmação. A auto-afirmação é para os inseguros e “sábios de Google e Wikipédia”. E aqui é preciso pontuar que nada tenho contra as ferramentas em si, mas sim contra a ostentação e a afronta que estas pessoas cultivam em suas personalidades doentias.

Por outro lado temos grandes mentes que, não obstante a grande bagagem de conhecimento e experiência de vida que carregam, adornam o seu saber com a impagável humildade. Sem dúvida um adorno de ouro que valoriza sobremaneira todas as qualidades de uma pessoa. Pessoas verdadeiramente sábias que preferem se calar a partir para o confronto predatório de idéias com baixarias e discussões que não levam a nada.

E qual o tamanho do horizonte do entendimento? Como expandir este horizonte?
O horizonte do entendimento de uma pessoa tem o tamanho equivalente à distância até o horizonte literal. Em outras palavras, assim como somente podemos contemplar a linha do horizonte e mesmo que passássemos a vida andando nunca o alcançaríamos, mas conheceríamos todo o planeta; assim, também, se dá com o horizonte do entendimento. Quanto mais se busca mais ele parece distante, e o premio pela busca é o alargamento das fronteiras do conhecer e do saber.


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