domingo, 13 de novembro de 2011
Voltando às veredas das letras
Já há algum tempo eu não escrevo nada por aqui. Parei não porque quis mas porque fui forçado face a alguns problemas que tive e que me tiraram completamente o ânimo para tudo, inclusive para escrever. É bem verdade que eu não estou por aqui todos os dias. Não escrevo por escrever, mas quando tenho mesmo algo para compartilhar. O preço a ser pago por quem procura fazer algo sempre com essência é que não vai conseguir nunca enganar e ocultar o que de fato sente no momento. Eu sou assim. A sinceridade é meu defeito e muitas vezes sou rotulado como polêmico por não ter medo de mostrar quem de fato sou mesmo sob o risco de errar.
Eu tinha resolvido que, quando voltasse a escrever, o tema seria o problema pelo qual passei. Por isso decidi que só voltaria quando estivesse bem novamente, e com a mente livre para pensar. Mas que nada. Nem estou totalmente recuperado e de mente livre e nem pretendo abordar a questão em si porque muito me incomoda e desestabiliza. Esse ano conseguiram me destruir. Fazer-me sentir algo tão ruim que somente tinha sentido antes no episódio de minha separação. Mas.... o assunto em si vai ter que ficar para um futuro não tão próximo, para quando eu conseguir me desvencilhar definitivamente da armadilha que me armaram.
Mas a notícia boa, ao menos para mim, é que consigo reunir alguma racionalidade que me permite ao menos andar novamente, mesmo estando ainda ferido. Mas a vida segue...tem que seguir.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Oi Ferreti... Olha eu aqui.
Também ando com meu blog parado, porque não quero dividir algumas coisas que ando sentindo, que anda permeando minha vida. Consigo escrever legal quando estou bem ou quando muito mal, no intermédio disso prefiro me recolher, por ter medo dos meus julgamentos dos fatos. Quando a fragilidade bate à minha porta, enviada coisas confusas, que eu não sei definir de onde vem... Eu brinco, dou risada, mas por dentro prefiro não ouvir nada, que a minha quietude aguarde o desenrolar dos fatos... E o silêncio acaba me precedendo, fazendo seu trabalho e demonstrando a minha posição, porque quem me conhece sabe que quando me calo estou pronta para botar a mochila nas costas e ir embora...
Mas, quanto a você, quero dizer que foi um dos melhores presentes que ganhei neste meio de ano pra cá, te encontrar para bater papo e dar tanta risada parece uma luz que acende sempre e que me refaz.
Amigo Ferreti... Pode contar sempre com essa amiga aqui, que mesmo distante já te colocou no que mais preza como importante, o lugar que você ocupa aqui é para poucos.
Coisas estranhas acontecem na vida da gente, às vezes sem explicação... Mas, lembre-se que não há fatos em nossas vidas que não possamos resolver, e que mesmo abatidos temos sempre uma luz para nos guiar.
Gostei que voltou a escrever, estou sempre silenciosamente por aqui também.
Beijos, não só meus.
Paula
Valeu Paula. Obrigado pelas palavras de carinho e incentivo. Houve uma época que eu pensava estar fazendo tudo certo, mas estava deixando de lado algo de importância ímpar na vida de uma pessoa, que é o cultivo das amizades. E foi depois que uma tempestade passou por mim abalando absolutamente toda a estrutura que eu, forçosamente, tive que parar para reavaliar a vida. Nem forças para andar eu tinha.
Foi aí que eu, em minhas divagações e rememorações de tudo o que passei, observei que tinha deixado pedras preciosas largadas no caminho desta estrada da vida. Estas pedras preciosas recebem o carinhoso nome de amigos. Uma palavra que faz muito mais sentido para mim hoje. Em uma das muitas releituras que fiz da vida, o resgate do verdadeiro valor da amizade, do cultivo desta poderosa árvore chamada amizade foi uma das coisas que priorizei. E sigo assim...
Uma coisa tenho por certo. Não pretendo "botar pra rolo" a minha tranquilidade e felicidade. Não mais.
Alguns diriam... "Mas viver implica em correr riscos. Precisa correr riscos se quiser ser feliz". Mas quem disse que eu preciso me submeter a todo tipo de risco em busca da felicidade. Aliás, talvez a pergunta devesse ser..."o que é felicidade?". Bem, para mim felicidade hoje é ter bons e verdadeiros amigos que me sejam sinceros, me queiram bem e que, efetivamente me façam o bem. Dispenso os que se dizem amigos mas que colaboram para enrolar ou destruir nossas vidas. Mas os verdadeiros amigos, sim, estes sim, eu pretendo cultiva-los para sempre. Felicidade é, para mim, contemplar a linha do horizonte... e sonhar... sonhar os sentimentos que me fazem sentir bem, mesmo que não saiba traduzi-los em palavras, mas tão somente sentir. Olhar e contemplar onde os montes tocam os céus e sentir.... essa é a chama da vida para mim. Não encontrei nada mais significativo na vida até então. E assim sigo vivendo.
...Essa é minha perspectiva de vida, minha real esperança. Nada mais que isso. Não quero viver sonhos de relacionamentos... não quero alimentar esperanças que podem levar a decepção.... não quero fazer planos mirabolantes e grandiosos... não desejo a notoriedade nem tampouco a riqueza que me afaste da vida com essência.
A minha riqueza é muito mais valiosa... a qual persigo com o peso de minha própria alma. A riqueza que a corrupção e a traça não podem atingir. Uma riqueza que levarei comigo para a vida eterna!
Isso é o que de fato me importa. Nada mais.
Postar um comentário